Uma carta de amor…


cartas

Mexendo em minhas coisinhas encontrei uma carta de amor. Ela estava dentro de um livro, meio que perdida entre outras histórias de amor. Olhei aquele papel devidamente dobrado e, movida pela curiosidade, cuidadosamente abri a caixinha de pandora.

Li sobre sentimentos e votos. Reli sobre emoções desencontradas.  Reli aquele papel desbotado tentando visualizar tanto amor dedicado. Não consegui. Rasguei. Picotei. Joguei no lixo o resto que sobrou daquele amor  em tempo passado.

Quem teria escrito tão bela carta de amor? Eu sei. Não sei. Não quero saber. Não há mais rastros e espaços para velhas recordações.

Mas é bom saber que houve uma carta de amor e com ela, uma flor.

“Todas as cartas de amor são ridiculas. Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas” (Alvaro de Campos)

Ridicula ou não, era apenas uma carta de amor. Uma carta de amor  que falava do amor de alguém que um dia amou, ou acha que amou.

1 comentários:

Débora disse...

Bethinha, não é bom saber que a gente recebeu uma carta de amor? Isso hoje em dia é tão raro. As pessoas mandam e-mails de amor, ficaram preguiçosas para escreverem cartas de amor. Também rasguei algumas. Deixei elas no passado e nas lembranças. Melhor assim, evita confusão.

Preciso falar contigo.

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Se você não consegue entender o meu silêncio de nada irá adiantar as palavras, pois é no silêncio das minhas palavras que estão todos os meus maiores sentimentos.
(Oscar Wilde)