A poesia prevalece!!!   
O primeiro senso é a fuga.    
Bom...    
Na verdade é o medo.    
Daí então a fuga.    
Evoca-se na sombra uma inquietude    
uma alteridade disfarçada...    
Inquilina de todos nossos riscos...    
A juventude plena e sem planos... se esvai    
O parto ocorre. Parto-me.    
Aborto certas convicções.    
Abordo demônios e manias    
Flagelo-me    
Exponho cicatrizes    
E acordo os meus, com muito mais cuidado.    
Muito mais atenção!    
E a tensão que parecia não passar,    
“O ser vil que passou pra servir...    
Pra discernir...”    
Pra pontuar o tom.    
Movimento, som    
Toda terra que devo doar!    
Todo voto que devo parir    
Não dever ao devir    
Não deixar escoar a dor!    
Nunca deixar de ouvir...     
com outros olhos!
(Teatro Mágico)
 






